sexta-feira, 21 de julho de 2017

Acorrentada


 Ando arrastando minhas correntes, me assustando com seu barulho
 Mas nem mesmo sinto elas pesarem. 
E que choro há tanto tempo que passei a chorar por tudo e ao mesmo tempo nem saber porque estou a chorar.
E como andar em águas rasas e mesmo assim me afogar.
Ninguém mais me olha
Ninguém mais me vê 
Esqueceram de jogar a corda para me salvar.
Deixaram-me aqui presa, solitária, perdida
E de tanto tempo me deixarem
Daqui mais não consigo voltar
Vazio pior não há do que aquele que em mim está.





Por: J.M
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domingo, 12 de março de 2017

Nossa História



Nós a enterramos em baixo de lágrimas, mágoa, desilusão e dor
Deixamos a inveja e a maldade a adoecerem e manchar os momentos vividos
E do fogo da paixão somente restou cinzas
Enterramos o que não queríamos ver, o que não queríamos sentir, o que não queríamos mais lembrar
Sepultamos a vergonha de deixar um sentimento puro e bonito ser corrompido por maledicências e ganâncias
Enterramo-la, esgotando nossas forças cavando a cova mais profunda que pudemos 
Mas lá, ela não quis ficar
Ressurge das profundezas e mostra sua cara; revive o amor, mas com ela traz a dor
Então voltamos a enterrá-la
Passa o tempo, meses e até anos e nada parece ser o suficiente para sufocá-la e matá-la, pois continua viva
Não temos mais do que duas saídas:
Aceitamos e vivemos essa história, ou ela nos arrastará para essa cova profunda e só morrerá quando morrermos com ela.





Por: J.M
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