terça-feira, 30 de setembro de 2014

Anne Ferreira Costa

Nosso Café recebe a escritora Anne Ferreira Costa , autora do livro 'Alzheimer é como ser mãe, não vem com manual'.

Seja bem vinda Anne !
Anne Ferreira Costa, 22 anos, nascida em Campina Grande PB. Atualmente vive em Queimadas PB. Graduada no Curso de Letras/Espanhol pela UEPB.  Artesã miniaturista desde novembro de 2013 e musicista desde os sete anos de idade.
É admiradora de todas as formas de arte, apaixonada por música e amante da tecnologia.


J.M.: Conte-nos do seu livro “Alzheimer é como ser mãe, não vem com manual”.
A.F.: Trata-se de um livro voltado para o público em geral, mas especificamente aos interessados em saber um pouco mais sobre Alzheimer e conhecer o dia-a-dia de um portador desta doença.  Nele, serão descritas situações difíceis e inusitadas.

J.M.: Por que escolheu escrever sobre um tema tão delicado? O livro é baseado em uma história real?
A.F.: Escolhi este tema por se tratar de um assunto delicado e que precisa ser discutido e informado de todas as maneiras possíveis à população. 
Além disso, é baseado em uma história real, a qual fiz parte. O principal objetivo do livro é informar ao leitor sobre Alzheimer, relatar seus momentos difíceis e fortes, mas também mostrar seu lado bom. Lado bom? Sim, que infelizmente em meio ao impacto proporcionado pela doença, muitos familiares e amigos acabam não enxergando e não vivenciando.

J.M.: Sei que você tem outra arte como paixão. Conte-nos como começou sua relação com a música, e sobre sua dedicação em fazer instrumentos em miniaturas?
A.F.:Bem, aos sete anos de idade minha avó me presenteou com um violão e a partir daí me entreguei à música por completo. Depois do violão veio o violino, a guitarra.... me tornei uma “curiosa musical”. Durante minha adolescência fiz uma bateria de latinha de ervilha, e tocava nela, depois fiz uma espécie de “banjo”, mas não deu muito certo. Ano passado, durante minhas férias, peguei uma caixa de chocolate e um arame, acabei fazendo outra bateria, só que bem menor. E de lá pra cá produzi instrumentos musicais, tv’s, rádios, motos... O que alguém me encomendava ou eu pensava que podia fazer, fazia em miniatura.  Acho que tudo começou pela vontade de possuir vários instrumentos musicais e, claro, pela paixão musical que tenho.

J.M.: Em sua relacão com a música e a Literatura. Se tivesse que optar entre uma arte e outra, seria possível?
A.F.: Não! Pra mim, todas as formas de arte estão ligadas. No meu caso, preciso da música para escrever, ler, criar, fazer miniaturas, desenhar... Mas também não conseguiria ficar todo o dia apenas ouvindo música ou tocando, uma coisa leva a outra sabe, uma arte depende da outra, é como se uma inspirasse a outra.  



Praticamente tudo o que faço é ao som de música e a escrita não poderia ficar de fora. Escrevi todo o livro ouvindo música clássica, mas especificamente Beethoven, Vivaldi, Pachelbel, Richard Clayderman e Ludovico Einaudi. Tudo depende do humor e do tema, costumo ouvir de acordo com o que  leio e escrevo.


J.M.:Quais formas que o livro sugere para encarar uma doença como o Alzheimer?
A.F.:Se pararmos e pensarmos sobre como a sociedade encara essa doença, iremos observar que há uma certa “deficiência” em compreendê-la e que por isso é confundida com outras enfermidades. Existem casos e mais casos de idosos abandonados por simplesmente “não se lembrar de mim”,  por “está esclerosado”, ou porque “eu não posso e não vou conseguir passar por isso”. Pode ser o que algumas pessoas “afirmem” ou pensem, como desculpa para não lutar e retribuir da melhor forma o carinho recebido de seu pai, mãe, avô, avó, tio, tia, irmão, amigo... Ou por estar em choque e não saber o que fazer. Com um pouco de esforço e informação qualquer pessoa é capaz de passar por algo do tipo e sobreviver, sobreviver bem. É isto que o livro tenta trazer para o leitor, a possibilidade de sorrir, se divertir, amar, brincar e não apenas chorar e se lamentar enquanto  o tempo passa e a doença avança. Tudo pode se tornar pior, ou melhor, só depende da forma como você olha para a dificuldade.


J.M.: Parabéns Anne pelo livro! Muito obrigada por sua entrevista ao “Um Café e Um Livro”. Seu livro é mais que uma história é uma reflexão para vida. Todos nós estamos propícios a essa “doença”. E se isso acontecer...  O que somos além de nossas lembranças; entrecortadas, sem foco, misturadas a imaginação? O que temos de valor a não ser as pessoas que amamos? Um sonho vale uma vida, mas o que fazer se não pudermos lembrar mais de nossos sonhos?
Esquecer tudo... Poder começar de novo, todos os dias... Uma nova chance...
O livro traz um tema que faz com que você pense, pergunte e talvez nunca ouça as respostas certas, mas no fim...

“Tudo pode se tornar pior, ou melhor, só depende da forma como você olha para a dificuldade.” (Anne Ferreira)

 Sucesso e boa sorte!

Obrigada a todos que visitam o Blog Divulga Autor. Confiram o livro 'Alzheimer é como ser mãe, não vem com manual nos links abaixo!



Espero que tenham uma ótima leitura e que de alguma forma esta desperte algo que os impulsionem a ver a vida de outra forma. Caso algum leitor se identifique com algo, estarei feliz. Creio que para qualquer escritor, quanto mais suas palavras se aproximarem do seu leitor, mais satisfatório será. Eu adoro quando leio algo e me identifico, logo penso: “Eu não sou a única que penso ou passo por isso”, “preciso mudar”, “alguém me entende” ou "queria viver isso". 







                                                                      Imagem do Google

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”. A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Saiba mais sobre Alzheimer!






Páginas do Livro: 

http://www.clubedeautores.com.br/book/171878--Alzheimer_e_como_ser_mae_nao_vem_com_manual

https://agbook.com.br/book/171878--Alzheimer_e_como_ser_mae_nao_vem_com_manual


BookTrailer:

http://www.youtube.com/watch?v=JRpt63DR2Og


Páginas do Autor:

Site: http://anneferreiraminiart.com/livro-alzheimer-e-como-ser-mae-nao-vem-com-manual/

Twitter: @AnneFerreiraAFC






Entrevista cedida a: Jéssica Morgan

sábado, 30 de agosto de 2014

Renan C. P. Soares

Nosso Café recebe o escritor Renan  Soares , autor do livro 'Dose de Vingança'.

Seja bem vindo Renan !
Renan C. P. Soares nasceu e foi criado em Niterói RJ. É professor de história da rede pública de Petrópolis, formado pela UFF. Casado com Anne Lima, também professora. Sua paixão pela literatura começou cedo, estimulado por seus pais.



J.M.:Quem é Renan Soares?


R.S.: Sou professor. Claro que não é só isso que me define, mas ajuda a definir se você pensar no caráter mais amplo do que é ser professor: um educador, que acredita na construção de uma sociedade melhor e mais justa. Essa minha visão de mundo estará, de uma maneira ou de outra, nas minhas histórias e está em Dose de Vingança.

J.M.: Fale um pouquinho do seu livro “Dose de Vingança”.

R.S.: Dose de Vingança é aquela ideia que ficou por anos matutando na cabeça, até que um estopim disparou a criatividade e o livro nasceu.
A ideia era a seguinte: sou fã de uma banda de countrycore Matanza. Eles tocam músicas com temas clássicos do velho oeste americano, com uma boa dose de violência e comicidade, num ritmo mais rápido e pesado que o country clássico. Sempre imaginei que, apesar das letras não terem ligação uma com as outras, seria uma boa construir uma história que desce início, meio e fim às situações expostas pela banda.
O estopim veio quando fui ao cinema assistir Django Livre de Quentin Tarantino. A estética desse incrível diretor e o enredo povoado por violência cômica foi meu empurrão final para escrever Dose de Vingança. Eles podem nunca ter reparado isso, mas Matanza e Tarantino viraram para mim duas coisas inseparáveis.
A partir daí, consegui fazer um enredo próprio, cheio de referências que os fãs da banda irão vibrar, mas que independente e empolgante por si só, garantido que o fã do faroeste e aquele que não conhece a banda, consigam curtir o livro na mesma intensidade.

J.M.: Houve algum fato na sua infância que o despertou para literatura o motivando a seguir o caminho das letras?

R.S.: Nunca houve uma epifania espetacular que um dia me fez levantar da cama gritando e por o lápis para trabalhar, mas certamente uma série de coisas na minha infância ajudaram a construir o leitor e escritor que sou hoje.
Meu pai e minha mãe sempre incentivavam muito a criatividade de uma maneira geral. Mas se existe um livro que eu posso marcar como o ponto inicial da minha vida definitiva de leitor foi Harry Potter! Não é diferente do que milhões de outras pessoas (e nem precisa ser), mas me orgulho de dizer que li os primeiros três livros, antes do lançamento do filme e de fazer sucesso no Brasil.
J. K. Rowling me despertou para a ficção e para a paixão da literatura.


A partir do momento que um leitor virar para mim e falar algo como "valeu a pena ler seu livro" meu reconhecimento já é total. Quanto mais pessoas assim falarem, maior o reconhecimento.


J.M.:O que o leitor pode esperar ao ler o livro? 

R.S.: Cheiro de pólvora, o chão de madeira grudando pelas bebidas derramadas e sangue espirrando para todos os lados.
É crucial que o leitor de Dose de Vingança capte que os personagens e situações caricatas são propositais, trazendo velhos clichês típicos do velho oeste americano, com exagero cômico e violência "tarantiniana". Mesmo assim, o enredo tem originalidade, com muita ação, comédia, suspense e até sua própria forma de romance.
Espero também que o leitor não deixe de perceber que, por trás dessa grossa crosta de brutalidade, estão expostas questões sociais importantíssimas para aquela época e para hoje também, é claro.
E para o fã de Matanza que pegar este livro, eu não espero nada menos que leia escutando a banda, balançando a cabeça e quebrando sua velha guitarra pela adrenalina e emoção da leitura, acompanhado por uma boa dose de arrependimento, pois era seu único instrumento. 

J.M.: Diante das dificuldades encontradas no mundo literário; o que te faria desistir de continuar a escrever?

R.S.: A morte. Exagerado? Talvez, mas é um fato. Isso porque eu nunca vinculei ou vincularei minha paixão pela escrita ao sucesso mercadológico da obra. No meio artístico só lucra quem não é artista. 
O mercado não é feito para estimular a criatividade e a arte, mas sim para alguns lucrarem. Se você escreve pensando em criar maneiras de se tornar um best seller, você corre o risco de, ou rebaixar sua obra e escrever não aquilo que tem vontade, mas sim o que acha que é vendável, ou simplesmente se frustrar ao ponto de desistir. Nesse meio, o sucesso pouco tem a ver com talento, infelizmente.
Eu escrevo pelo prazer do dinâmico processo criativo, de ver o personagem ganhar vida, solucionar situações sozinho, te enganar, te colocar em situações que você não espera. Escrevo para ver a história ganhar um rumo totalmente inesperado. Como escritor eu sou um criador de vida e a vida é, por si só, linda e empolgante. Escrevo para ver outros se empolgarei com minha escrita. Sou um idealista e sonhador e isso ninguém tirará de mim.


J.M.: Parabéns Renan pelo livro! Muito obrigada por sua entrevista ao “Um Café e Um Livro”. Suas palavras foram sabias quando revelou que: “... Nesse meio, o sucesso pouco tem a ver com talento..."  A verdade é que o sucesso é pessoal, pois cada um de nós tem uma forma particular de realização. E o verdadeiro escritor é aquele que apenas se julga um contador de histórias que as contam pelo simples prazer de contar. Espero que você viva intensamente o prazer de criar e contar uma história. Sucesso e boa sorte com o lançamento do livro!

Obrigada a todos que visitam o Blog Divulga Autor. Confiram o livro 'Dose de Vingança nos links abaixo!






Toda iniciativa de incentivo à literatura nacional, independente ou semi independente deve ser valorizada e o papel que cumpre o Divulga Autor é crucial. Quero agradecer desde já a oportunidade de falar para vocês e transmitir um pouquinho dos meus pensamentos. Adoro fazer isso e espero que vocês curtam também.






O livro será lançado pela Editora Multifoco.







Página de Dose de Vingança: 


Blog de Dose de Vingança: 


Dose de Vingança no skoob: 


Página do autor Renan C. P. Soares: 



Entrevista cedida a: Jéssica Morgan

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