"[...] Continuaram caminhando pela beira do rio até chegarem perto da cachoeira. O barulho da queda d'água era forte e com o impacto da água nas pedras, uma nuvem de neblina subia pelos ares parecendo uma fumaça.
Esmeralda ficou encantada com aquele espetáculo da natureza. O lugar era lindo, cercado por matas e montanhas. Algumas borboletas bailavam pelo ar em volta das flores que cresciam entre as pedras, às margens da cachoeira. O céu estava azul e sem nenhuma nuvem. Um cenário perfeito!
Léo ficou feliz ao ver o brilho no olhar de Esmeralda. Estava apaixonado por ela e adorava vê-la feliz. Ainda hipnotizado pela luz dos olhos verdes de Esmeralda, Léo aproximou-se dela e segurou sua mão. A princípio Esmeralda ficou surpresa com o gesto de Léo, mas depois sentiu seu coração acelerar e um sentimento tomou conta de seu coração. A partir daquele momento Esmeralda teve certeza de que Léo era o amor de sua vida.
Esmeralda não estava preparada para iniciar um novo romance - as lembranças da traição de Emerson ainda pairavam pela sua mente e o seu coração -, mas com Léo era diferente. O sentimento era diferente. Era mais forte. Era amor."
Era. Eu realmente sabia. Não queria assumir, mas no fundo eu sentia quem realmente eu era. A menina que poderia se transformar em mulher. Meu coração despedaçado seria reconstruído com o tempo. Seria assim, somente o tempo poderia curar as minhas feridas. E com Alan como meu amigo eu sabia que seria mais fácil.
–Eu gosto de pensar que sou uma lagarta no casulo pronto a se romper. E só assim vou conseguir libertar-me e me transformar em borboleta.
– Você já é uma borboleta, só não se deu conta disso. Alan se aproximou de mim e soltou minha mão para tirar meus cabelos dos olhos e colocá-los atrás da orelha, sua respiração estava forte e eu percebi sua mão tremer. Era como se eu estivesse nas nuvens."
Estava quase dormindo quando ouvi passos. Abri os olhos e o Dr. Born estava muito próximo, tanto que podia sentir sua respiração. Virei o rosto e chamei Marie. A intenção dele era clara, ele ia me beijar. _Marie? Dr. Born veio dar notícias de minha saúde.
_Quieta, não acorde sua acompanhante.
_O que você quer aqui? (Falei alto chamando a atenção de Marie).
_O que está acontecendo? (Marie quis saber).
_Só passei para ver como a Srta. Grace está.
_Não foi o que pareceu. (Marie retrucou).
_Desculpe-me. Sei que meu comportamento com Scott não é dos melhores. Temos divergências. Acho que ele deve ter contado da maneira que lhe convém.
_ Disse alguma coisa a respeito sim.
_Imagino.
_Ele disse algo sim, e você entrou sorrateiramente no meu quarto e tentou me beijar. Então nesse momento eu só penso o seu pior.
_Não me julgue mal. Eu não resisti, pois você chamou minha atenção desde o momento em que atravessei a porta da sala de atendimento. Seus olhos cor de mel, sua pele clara e sua boca...
_Dr. Born, controle-se. Não lhe dou o direito de falar assim comigo. Exijo respeito. E por favor, saia do quarto.
_Desculpe-me. Esperei tanto por você que quase não consegui me controlar. Posso esperar um pouco mais. Durma bem.
Já imaginou se
os Livros fossem como os filmes e a cada página, capítulo ou trecho houvesse
uma trilha sonora?
Impossível não
se lembrar do filme ARMAGEDDON e a música, I DON`TWANNA MISS A THING
Ou do filme FLASHDANCE e a música
WHAT A FEELING
Ou o clássico filme uma linda mulher e a música PRETTY WOMAN
GHOST – UNCHAINED MELODY
TITANIC – MY HEART WILL GO ON
Enfim a minha preferida, do filme Meu primeiro amor - MY GIRL
Nesse espaço vamos
poder sentir como é ler um livro ou pelo menos um trecho e ouvir ao mesmo tempo
sua trilha sonora.
Bruno Mars - It will Rain
Clique no vídeo antes de ler o trecho do livro.
Fim do Capítulo
14 do livro (Medo da Verdade)
Tantas
coisas aconteceram naqueles últimos tempos que ela nem percebeu que seu ciclo
menstrual estava atrasado já algum tempo, agora seus enjoos e tontura tinham
explicação. Teve a sensação de sentir algo mexer dentro de si, dando sinal de
vida. As imagens da vida que teve com seus amigos pipocavam como um filme
diante de seus olhos, causando mais dor e sofrimento. Foi aos poucos se
deitando sobre o chão, se encolhendo como se a dor que sentia fizesse seu corpo
todo se contorcer. Seus gritos de dor e horror eram possíveis de se ouvir a
distância. Heitor não suportava ver toda aquela tristeza. Sentia-se culpado,
toda aquela dor havia sido ele quem provocou e agora o desespero dela o invadia
também. Heitor ajoelhou-se junto a ela, tomando-a nos braços e carregando-a de
volta para vila.
As pessoas da vila
que assistiam Heitor chegar carregando Mel nos braços, não ficavam impassíveis
a tanta tristeza. A essa altura todos já imaginavam o motivo de tanto
sofrimento. Mel sentia que nunca iria poder perdoar aquelas pessoas por terem
assistido seus amigos caminharem em direção à morte e nada fazerem para impedi-los.
Não os deram o direito de escolher, talvez se soubessem de toda a verdade ainda
estivessem vivos.
Diante daquela terrível situação, podendo compreender o que
realmente acontecia, se sentiu possuída por um ódio incontrolável. Este que
crescia conforme seu sofrimento. O seu mais profundo desejo era que todos
sentissem a mesma dor que a estava consumido por dentro. Com o olhar frio e sem
brilho, as lágrimas a escorrerem sem dar sinais que parariam algum dia, seus
gemidos e gritos de dor eram de causar arrepios. E foi exatamente o que
aconteceu a Rose, seguido de um vento forte e frio parecendo congelar sua alma,
fazendo seus cabelos esvoaçarem. Naquele momento as palavras da velha, tomaram
forma, fazendo todo sentido.
– O mal está a caminho, causador da dor e do
desespero... eu vejo muita dor e sofrimento, capazes de cegar uma pessoa. Pavor
na alma deles, uma agonia que chega a sufocá-los. Eu vejo sangue e fogo.
Sangue, muito sangue. Você tem que tirá-los daqui, todos eles. Se você não conseguir
eu vejo o início de muita dor e sofrimento para todos.
Enquanto
Rose se lembrava destas palavras e assistia ao sofrimento de Mel, abraçou a si
mesma, deixando lágrimas escorrerem, sentido uma angústia infinita, continuava
a se lembrar das palavras da velha que em sua cabeça se repetiam sem parar.
– Vão confundi-la, fazendo-a sofrer muito e
quando as lágrimas dela pararem de cair, as nossas começarão. Quando ela parar
de sofrer, nosso sofrimento começará. Toda dor que ela conhecer será nada,
perto da dor que irá nos causar. Não deixe que o destino feche seu ciclo.
Apesar da angústia que sentia, Rose sabia que nada podia
fazer contra o destino, o que lhe restava naquele momento era somente esperar.
E aí, o que
acharam da experiência? Vamos fazer outros testes? Qual música você acha que
faz a trilha sonora do seu livro preferido?